11/01/2022
Em recuperação, especialmente a partir do segundo semestre do ano passado, as exportações de calçados registraram o embarque de 123,6 milhões de pares, que geraram US$ 900,3 milhões em 2021. Os resultados são superiores tanto em volume (+32%) quanto em valores (+36,8%) em relação a 2020. Em relação a 2019, os dados são 7,4% inferiores em divisas e 7,3% superiores em volume embarcado. Os dados foram elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados).
O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca que os índices apontam para a consolidação da recuperação dos calçadistas brasileiros no mercado internacional. "Neste ano, as exportações foram as principais responsáveis pela recuperação da atividade", avalia, ressaltando que o câmbio e o aumento dos embarques para os Estados Unidos tiveram papel fundamental no crescimento dos embarques. Segundo ele, a recuperação deve seguir ao longo de 2022. "No ano, devemos crescer mais 5% sobre a base de 2021", projeta.
No ano passado, o principal exportador brasileiro foi o Rio Grande do Sul. Respondendo por 45% do valor gerado com embarques de calçados, as fábricas gaúchas exportaram 32,7 milhões de pares, que geraram US$ 403,8 milhões, incrementos de 48,7% em volume e de 38% em receita na relação com 2020.
Assim como as exportações, as importações de calçados encerraram o ano em alta. Em dezembro, o Brasil importou 2,3 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 20 milhões. As altas são de 55,3% em volume e de 5,4% em divisas na relação com dezembro de 2020. As principais origens dos calçados importados seguem sendo os países asiáticos, com destaque para a China, que apesar de não ser a principal origem – fica atrás de Vietnã e Indonésia – foi o país que registrou maior aumento de embarques de calçados para o Brasil ao longo de 2021.
Somente em dezembro, foram importados 1,5 milhão de pares das fábricas chinesas, 294% mais do que no mesmo mês de 2020. No acumulado dos 12 meses, as importações chinesas somaram 9,8 milhões de pares e US$ 36,6 milhões, altas de 58,4% e 3%, respectivamente, ante 2020. "Em dezembro, os calçados chineses entraram no Brasil a um preço médio US$ 3, um claro indício de dumping – quando os preços para exportações são diferentes dos praticados no mercado interno, uma prática considerada desleal pela Organização Mundial do Comércio (OMC)", comenta Ferreira, acrescentando que existe um processo para a renovação da sobretaxa antidumping contra o calçado chinês em análise na Câmara de Comércio Exterior.
Fonte: Revista Amanhã em https://amanha.com.br/categoria/industria/exportacoes-de-calcados-aumentaram-36-8-em-2021?utm_campaign=NEWS+DI%C3%81RIA+PORTAL+AMANH%C3%83&utm_content=Exporta%C3%A7%C3%B5es+de+cal%C3%A7ados+aumentaram+36%2C8%25+em+2021+-+Grupo+Amanh%C3%A3+%283%29&utm_medium=email&utm_source=EmailMarketing&utm_term=News+Amanh%C3%A3+11_01_2022
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