Grafeno é considerado o material mais fino do mundo, e está pronto para revolucionar quase todas as partes da nossa vida cotidiana.

27/09/2022

Considerado um dos materiais mais promissores devido às suas excepcionais propriedades físico-químicas, o Grafeno é composto por uma camada bidimensional de átomos de carbono organizados em estruturas hexagonais. Esse material pode ser produzido por meio da extração de camadas superficiais de grafite, aquele conhecido mineral que faz parte da história escolar de todos nós.

As ligações químicas e a espessura do Grafeno – trata-se do material mais fino conhecido pelo homem - são responsáveis pelas diversas propriedades importantes desse elemento, como resistência mecânica, habilidades de absorção de luz e condutividades térmica e elétrica. Além disso, o Grafeno é incrivelmente forte –possui uma dureza sem precedentes, cerca de dez vezes mais forte e seis vezes mais leve que o aço. É por isso que esse material vive aparecendo nas notícias de ciência e da indústria de tecnologia: um dia ele vai revolucionar muita coisa.

As características desse elemento despertam o interesse de diferentes setores industriais, que podem aplicar o material para fabricação de uma ampla gama de produtos, como baterias mais leves e com maior tempo de carga, smartphones com telas flexíveis, tintas anticorrosivas, plásticos e borrachas mais resistentes e condutores, ligas metálicas muito leves e tecidos e embalagens com barreira e dissipação térmica.

Com tantas propriedades e características únicas para a ciência, por que o Grafeno ainda não está revolucionando o mundo?

Lamentavelmente, o Grafeno é caro e muito difícil de fabricar, e esse futuro vive sendo adiado. O grafite é considerado um bem mineral essencial à economia, e os recursos conhecidos do grafite concentram-se em apenas seis países; o Brasil, para a nossa alegria, destaca-se entre a terceira e quarta posição no mundo em termos de produção e com 3% das reservas globais.

Pesquisadores descobriram como construir painéis solares usando grafeno, um avanço que finalmente pode tornar a energia solar mais econômica. Recentemente, na Grécia, cientistas desenvolveram a primeira usina solar que utiliza painéis solares de grafeno.

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