16/11/2022
Entre as décadas de 80 e 90, o grande problema em se machucar eram os cuidados necessários para a limpeza e desinfecção das feridas. Os inimigos da criançada tinham reposição garantida pelos pais: o Merthiolate e a Água Oxigenada. Juntos, esses dois produtos ardiam e faziam muita criança chorar.
A água oxigenada, por exemplo, era muito utilizada como bactericida e, por isso, a maioria das pessoas sabe o que acontece quando ela entra em contato com o ferimento: há uma intensa efervescência. Muitos dizem que essa espuma indicava a presença de infecção. Mas será que é isso mesmo?
Bom, na realidade essa efervescência observada se trata da decomposição da água oxigenada, que é uma solução aquosa de peróxido de hidrogênio. Para que essa reação seja acelerada é necessário um catalisador, ou seja, uma substância que diminui a energia de ativação de uma reação química, fazendo, assim, com que ela se processe de forma mais rápida. No caso da água oxigenada, o catalisador que aumenta a velocidade da reação é uma enzima denominada catalase, presente em nosso sangue. Dessa forma, quando adicionamos água oxigenada em algum ferimento, é essa enzima que funciona como catalisadora da reação de decomposição da água oxigenada, o que é visível pela efervescência que se produz, pois o volume de bolhas de oxigênio formadas será muito maior.
Uma curiosidade bacana é que a batata e bactérias do tipo estafilococos também contêm a enzima catalase. Portanto, se a água oxigenada entrar em com algum deles ela irá efervescer também.
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