
20/06/2023
O coração de Dom Pedro I foi enviado ao Brasil para as comemorações do Bicentenário da Independência do país. Retirado de Portugal pela primeira vez, o órgão ficou exposto no Palácio do Planalto em Brasília de 23 de agosto até 8 de setembro de 2022.
Que a química e a biologia andam lado a lado não é novidade, mas você sabe como foi possível manter o coração de Dom Pedro I preservado desde sua morte, em setembro de 1834? O coração do imperador, preservado há 188 anos, está armazenado em um recipiente de vidro que contém uma solução aquosa de metanal, conhecido popularmente como formol.
O metanal (CH₂O) é o composto orgânico mais simples do grupo dos aldeídos, também podendo ser chamado de formaldeído. Em temperatura ambiente, este químico é um gás incolor, altamente inflamável, de odor característico, que apresenta ponto de ebulição de -21 °C.
O formol ajuda na conservação de órgãos e cadáveres porque previne que as próprias enzimas celulares façam a decomposição dos tecidos. Quando o organismo morre e a respiração celular cessa, acontece a autólise: destruição de uma célula pela ação de suas próprias enzimas. O formol entra na célula, ligando-se às proteínas e impedindo essa destruição celular. Ele também apresenta propriedade antisséptica e bactericida, evitando a decomposição por bactérias e outros microrganismos.
(Fontes: Andrade, 2022; Zófoli, 2017, CETESB, 2012)
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