17/01/2023
Os sabonetes que costumamos utilizar são, em sua maioria, feitos à base de gordura animal - lipídios que podem ser de origem vegetal ou sintética e que passam por uma reação química, a saponificação, que libera dois subprodutos: a massa-base, já com suas propriedades de limpeza, e a glicerina, um álcool viscoso que funciona como hidratante.
Durante a produção dos nossos grandes aliados na hora banho, a glicerina é extraída e revendida para outras indústrias - como a farmacêutica, cosmética e alimentícia; enquanto que os sabonetes feitos de glicerina são os que mantêm esse álcool hidratante valioso na composição – e, por isso. costumam ser mais caros.
O outro subproduto da saponificação é a massa-base do sabonete, que ganha outras substâncias, como corantes, perfumes e antioxidantes. Quando a intenção é aumentar a capacidade do sabonete de produzir espuma, as fábricas incluem produtos como óleo de babaçu e óleo da castanha da palma (também chamado de óleo de palmiste). Essas substâncias são riquíssimas em ácido láurico, o componente que ajuda a tornar as espumas mais espessas e estáveis.
Mas, então, por que não é qualquer sabonete que faz toda aquela espuma? Um fator determinante para isso é o preço, pois a maior parte do óleo de palmiste usado no Brasil, por exemplo, é importado da Indonésia e da Malásia. Logo, quanto mais desse tipo de óleo, mais caro será o sabonete.
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